Na mistura intensiva, os especialistas subdividem o processo de mistura em dois processos principais:

Mistura distributiva ou macro mistura

Onde ocorre a mudança simples de posição das partículas, sem requerer cisalhamento em altas velocidades, também há troca de grandes unidades de partícula entre os fluxos de materiais e a energia aplicada à mistura é baixa.

Mistura dispersiva ou micro mistura

Neste processo, há desintegração de aglomerados e requer cisalhamento em altas velocidades. Ocorre então mudança de posição das partículas adjacentes e a a energia aplicada à mistura é alta.

Como pode ser visto, o processo de mistura intensiva está intimamente ligado à energia aplicada à massa.

Um ótimo misturador intensivo deve ter a capacidade de operar entregando tanto alta como baixa energia à mistura, pois um simples processo industrial de mistura pode alternar entre essas duas etapas, como exemplo na mistura de argamassas especiais.

Na mistura para preparação de argamassas especiais é inicialmente adicionado ao misturador os materiais básicos (como cimento e areia) e aditivos (podendo ser aditivos químicos, pigmentos e fibras). Nessa etapa de mistura, é necessária uma alta energia de cisalhamento para ser possível a mistura dos materiais básicos, “abertura” ou desaglomeração dos pigmentos, aditivos químicos e fibras poliméricas. Somente aplicando alta energia essa etapa é bem executada.

Porém, no final do ciclo, pode ser necessária a adição de materiais de baixo peso agregado, como exemplo perlita. Como esses materiais de baixo peso são frágeis, e não se pode quebra-los devido a sua perda de propriedade, é necessária uma baixa energia empregada nessa etapa.


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